São 35 Outonos e 5 anos de blogueira.
Tão bem vividos. É inexplicável o quanto amo a minha vida, e me sinto grata pelas oportunidades que tive e vou tendo. Não há plano, nem objectivos estabelecidos. Há um decorrer de situações que levam a outras. Por exemplo, era para ter escrito este texto há muitos dias, porque me saiu no pote – um pote onde tenho com coisas que gostaria de fazer e tiro um papel todos os dias – mas não consegui, porque tive uma crise de ciática. Sim, sim…ciática. Ou pelo menos, acho que foi. É assim que percebes que tens 35 aninhos bem feitos.
Uma onda que se vai surfando…
Quando cresces, nunca sabes onde as escolhas te levam. É aleatório. Sei que não sou a mesma, que muita coisa mudou nos últimos tempos, e que a maneira como vivo este mundo tem uma densidade peculiar. Tenho prioridades pouco convencionais que marcam muitas conversas que me rodeiam, e por isso desejo um mundo mais livre de julgamento social. Somos aquele produto das experiências que vivemos, e por isso a abertura a outras maneiras de estar, devem existir. Não há percursos pré-definidos. Desejo mais humanidade e menos umbiguinho. E nesse sentido tento caminhar.
Blogueirinha, o que dizem os teus olhos?
Dizem que é preciso ser menos exigente. Já muitas vezes escrevi sobre isto, mas assim continuo. Comecei este blog sobre as minhas experiências de viagem e a vontade de partilhar com todos, as coisas lindas que vi. Na altura que comecei, a viagem começou a ser mais democratizada. Antes, parecia que só pessoas endinheiradas o poderiam fazer. Não era o meu caso e era isso que pretendia mostrar. Levei cerca de 3 anos a decidir começar este espacinho na web, e em 2015, lá o fiz. Teve altos e baixos, presença mais assídua noutras redes sociais, paragens, decisões ou orientações. Sei que depois de tanta viagem, encaro o mundo mais intensamente. Agora, que estudei Antropologia, sinto vontade de o entender com mais detalhe. Sei também, que é impossível (para mim) inspirar pessoas a passear, sem lhes mostrar o quanto se devem preocupar e cuidar do mundo no geral. Dos seres humanos, animais ou natureza. É preciso repensar as nossas atitudes. Gozam comigo por ser “influencer”, se isso é influenciar a um estilo de vida com uma pegada menor e mais empatia, estou lá!
Este textinho é pequenino
A ideia era só deixar aqui um marco e mostrar o quanto estou contente que de passinho em passinho, sem grandes ambições, consegui manter esta plataforma para mostrar a beleza do nosso planeta, mas também a sua fragilidade. Sou uma tipa feliz, sem grandes novidades a toda hora, porque as pequenas coisinhas, é que povoam os nossos dias. Sintam a simplicidade das coisas efémeras e banais, que é de momentos singelos que os sorrisos se geram. Que venham mais 5 anos. Mais que preparada para esta montanha-russa.